O que é a magnetorreceção?
A magnetorreceção é a capacidade de detetar os campos magnéticos para perceber uma posição determinada, a direção do campo magnético e também para conhecer a latitude em que se encontram.
A magnetização em animais.
A magnetização foi descoberta há anos. Os primeiros animais em usá-la foram os pombos-correios já que lhes proporcionava um sentido de orientação quando se deslocavam de um lugar a outro para entregar uma mensagem. Desta forma, não havia possibilidade de estes se perderem, podendo regressar corretamente ao local de origem e destino. Com o passar dos anos, descobriu-se que outros animais também recorriam à magnetorreceção, onde incluímos outras espécies de aves, abelhas, fungos, algumas bactérias. Também a encontramos nas moscas da fruta, raias, lagostas… Para além destes, encontramos os tubarões que usam a eletrorreceção. Estes têm a capacidade de se orientarem graças ao seu campo magnético terreste, combinando o seu campo elétrico com as correntes marinhas.
Como funciona a magnetorreceção?
Não se sabe exatamente como funciona a magnetorreceção; o que sim se sabe é que a Terra funciona mediante um grande íman. Isto produz campos magnéticos que os animais anteriormente descritos são capazes de detetar, usando-os como base para se guiarem na direção correta.
Existem três teorias sobre como funciona o mecanismo da magnetorreceção:
Primeiro abarca os minerais magnéticos de óxido de ferro que se encontram nos cristais de magnetita biológica que lhes permite perceber o campo magnético da terra. Estes cristais magnéticos podemos encontrá-los no bico das aves.
Mais tarde, encontramos uma alteração do campo magnético do SPIN o do criptocromo, um tipo de fotorrecetor de luz azul encontrado nas plantas e nos animais, que nos permite posicionar a direção do campo magnético. Estes criptocromos também são umas proteínas que, uma vez ativada pela absorção da energia, formam “pares radicais”.
A indução eletromagnética foi a última teoria da magnetorreceção a ser descoberta. Esta inclui os animais sensíveis e aquáticos que possuem um mecanismo neuronal ou celular que lhes permite converter a eletroreceptividade (receber e utilizar os impulsos elétricos) em sensibilidade magnética.